Dados do Ministério da Saúde divulgados
recentemente revelam que os casos de chikungunya tiveram um crescimento de 850%
em 2016. Foram mais de 251 mil ocorrências da doença, que resultaram em 138
óbitos. Em 2017, o crescimento deverá
ser ainda maior.
No
verão, a estação mais quente e úmida do ano, são necessários maiores cuidados
com a saúde, uma vez que as temperaturas elevadas proporcionam condições ideais
para a ocorrência destas desagradáveis doenças virais como dengue, chikungunya,
zika e até mesmo conjuntivite. Além destas, é preciso se atentar também a
problemas como desidratação, insolação, micoses e intoxicação alimentar.
José
Ribamar Branco, infectologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo,
explica que a alta incidência solar, falta de higiene e de saneamento são os
principais responsáveis pelo crescimento de casos das chamadas doenças de
verão. “O calor e a umidade facilitam a proliferação dos vírus e bactérias
responsáveis por essas enfermidades. Com isso em vista, tanto a higiene pessoal
quanto alimentar merecem atenção redobrada nesta época do ano.”
Saiba um pouco mais
de algumas destas doenças e seus possíveis tratamentos:
Insolação: Ocorre mediante
exposição prolongada a ambientes quentes e secos, envolvendo geralmente contato
direto com a luz solar. O distúrbio provoca um mal-estar generalizado, febre
alta, pele avermelhada e seca, pulsação acelerada, falta de ar, enjoos,
tonturas e possíveis desmaios. Para evitar esses males, tome cerca de três
litros de água por dia e aplique protetor solar antes de se expor ao sol,
repassando, se possível, a cada duas horas, sempre com a pele seca.
Desidratação: É quando o corpo
perde, de forma excessiva, líquidos e sais minerais (mais de 2,5 litros de água
por dia) por meio da saliva, suor, urina e fezes. Isso pode acontecer por meio
de transpiração excessiva, diarreia ou vômitos. Quando desidratada, a pessoa
sente uma sede intensa, fica com os olhos, mucosas e boca secas, passa longos
períodos sem urinar e aumenta a irritabilidade. “Para evitar o problema, é
importante consumir líquidos frescos, alimentos leves, vestir-se com roupas
leves e ficar, preferencialmente, em ambientes com sombra e arejados”, explica
o infectologista.
Micoses: São infecções
dermatológicas causadas pela proliferação de fungos em algumas partes do corpo.
“As partes afetadas são geralmente as mais quentes e úmidas, uma vez que
oferecem as condições ideais para a reprodução dos fungos. O verão favorece
este processo, pois a temperatura corporal tende a aumentar e expõe-se mais a
ambientes molhados”, comenta. As regiões comprometidas pelas micoses apresentam
coceira constante, irritação, vermelhidão e ressecamento. Uma forma de
evita-las é manter todas as dobras do corpo higienizadas e secas, não
compartilhar toalhas e calçados com terceiros, não vestir sapatos fechados em
dias muito quentes e não andar descalço em ambientes públicos.
Dengue, chikungunya e
zica:
O Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão dos três vírus, se
reproduz preferencialmente em ambientes quentes e úmidos, característicos do
verão. “É preciso estar duas vezes mais atento a febres, manchas e dores no
corpo, que podem ser sintomas de dengue, zika e chikungunya”, explica o médico.
De forma a ficar longe deste risco, é importante acabar com todo foco de
reprodução do mosquito. Além disso, o uso de repelentes contra insetos pode evitar
picadas que possam transmitir o vírus.
Intoxicação
alimentar:
As infecções gastrointestinais podem ter origem bacteriana ou viral e
normalmente são originadas por conta da ingestão de comidas mal conservadas ou
mal higienizadas. O médico explica que essas intoxicações costumam provocar
náuseas, diarreias e vômitos. “Uma dica para se prevenir é consumir vegetais,
carnes e peixes crus somente em locais confiáveis.”
Conjuntivite: É a inflamação da
conjuntiva – membrana que reveste o globo ocular. A doença pode ter como origem
agentes tóxicos, alergias, bactérias ou vírus. Durante o verão, a mais comum é
a bacteriana, uma vez que as bactérias causadoras se propagam na água. “Os
sintomas clássicos da conjuntivite são a vermelhidão, inchaço, ardência e a presença
de secreção. Em dias muito quentes, tende a piorar. É muito importante não
compartilhar com ninguém, enquanto estiver contaminado, objetos de higiene
pessoal. Não é recomendável coçar os olhos. Lavar as mãos e o rosto com
frequência também é essencial.”
Branco
lembra, ainda, que, caso sintomas destas ou de outras enfermidades apareçam e
se intensifiquem, é necessário buscar cuidados médicos, sempre evitando a
automedicação. As três unidades da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo
possuem Pronto Socorro para adultos estruturados e equipados para atender, 24
horas por dia, casos de urgência e emergência nas diversas áreas médicas, como
clínica geral, cirurgia geral e ortopedia.
“O
atendimento é realizado de acordo com protocolos médicos e assistenciais
gerenciados e as unidades seguem o modelo de classificação de risco de urgência
e emergência, o que possibilita tratar com agilidade e rapidez os casos em que
o tempo é um fator determinante na conduta a ser adotada”, conta o
infectologista. Além disso, as unidades mantêm plantão permanente da equipe de
Neurologia no PS, o que permite realizar com rapidez os atendimentos de
emergências neurológicas, como acidente vascular cerebral (AVC) e traumatismos
cranianos.
fonte: msn
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