A Síndrome do Choque Tóxico é causada por uma
bactéria que pode se proliferar em ambientes úmidos. Suas consequências podem
chegar a ser fatais se não as identificarmos a tempo.
Esta síndrome não é algo novo e,
apesar dos esforços para evitá-la, continua fazendo vítimas em muitos lugares
do mundo.
Trata-se de uma doença grave
causada por toxinas produzidas pela bactéria Staphylococcus aureus, cuja
proliferação foi vinculada ao uso de tampões e produtos de higiene
feminina.
Os alertas continuam devido ao número
de casos que surgiram nos últimos anos, muitos com consequências lamentáveis.
A modelo
americana Lauren Wasser, perdeu uma perna como consequência desta doença,
atribuída ao uso de tampões.
A jovem de 27
anos iniciou uma batalha legal contra a Kotex Natural Balance, que acusa pela
infecção que, por pouco, não lhe custou a vida.
Menos da metade dos casos têm a ver
propriamente com o uso de tampões, mas seguem-se fazendo
recomendações estritas para evitar seu uso.
O
que é a síndrome do choque tóxico?
A Síndrome do Choque Tóxico (SCT)
é uma infecção grave, que se produz por bactérias como a Staphylococcus
aureus e a Streptococcus pyogenes, cujo crescimento anormal produz
uma toxina com um grande poder para desencadear uma septicemia.
Pode afetar qualquer pessoa, mas
os primeiros casos identificados se encontraram em mulheres que haviam utilizado
tampões durante sua menstruação.
Foi descoberto na década de 1980,
pelo microbiólogo Philip Tierno e sua equipe, que
determinaram que seu desenvolvimento se havia dado pelas condições em
que os materiais sintéticos ofereciam às bactérias.
A doença continua sendo um
problema e seguem aparecendo casos isolados.
A maioria dos casos de SCT está também relacionada com
outras circunstâncias, como cirurgias, e não apenas com o uso de tampões
durante a menstruação. Quais os sintomas da síndrome do choque tóxico?
Os sintomas
habituais começam com um mal-estar geral, acompanhado de febre alta, confusão e
enjoos.
Conforme
avança, a tensão arterial diminui, a pele apresenta alterações e são
recorrentes os episódios de vômito e diarreia.
Pode conduzir
a consequências graves, como a insuficiência renal, hepática ou cardíaca.
Os
casos que não são tratados de forma oportuna levam à morte.
Qual
o tratamento?
O tratamento geral da doença
inclui a administração de líquidos e antibióticos capazes de frear a produção
da toxina.
Também são administrados
medicamentos para recuperar as funções vitais da paciente, como remédios para
tratar a pressão baixa, terapia de suporte ou recuperação de fluidos, entre
outros.
No caso de abscesso, drena-se a
área para eliminar o pus.
É necessário que as pacientes permaneçam
sob observação médica para conferir sua pressão sanguínea, a
respiração e a atividade de seus órgãos.
Que
medidas preventivas podem ser tomadas?
As infeções causadas por tampões
não são comuns, mas ninguém está livre do risco de sofrer com elas, sobretudo
se não souber usá-los de forma adequada.
·Seu uso não deve ser superior às
oito horas; na verdade, o melhor é trocá-lo a cada 4 ou 5 horas.
·No caso de ter fluxo abundante, o
melhor é optar pelos absorventes íntimos ou coletor menstrual.
·Use tampões apenas em
situações especiais, como, por exemplo, idas à praia, atividades físicas ou
para usar certos tipos de roupas.
·O ideal é escolher os de baixa
absorção, já que, quanto mais absorver fluidos, maior o risco da
doença.
·Os tampões devem ser mantidos
longe do calor e da umidade para evitar o crescimento das bactérias.
A Síndrome do Choque Tóxico é uma
doença que requer atenção imediata, pois as consequências podem ser
fatais.
Recomenda-se consultar um médico
imediatamente no caso de sentir os sintomas citados, sobretudo se forem
identificados os fatores de risco.
fonte: melhorcomsaude
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