Muito emocionado, Zeca Camargo tem registrado no Facebook os últimos dias de seu gatinho de estimação de 17 anos, o Gatuno.
O bichinho está muito debilitado e seu tutor fala sobre seus dias finais.
Leia na íntegra o post:
"Gatuno - Parte 24 - A despedida (Parte 1). Você que vem
acompanhando a homenagem que estou fazendo a um grande companheiro - meu
Gatuno, que está morrendo -, talvez tenha reparado que faz alguns dias que não
escrevo… Sim, é isso que você está imaginando: ele piorou - e muito. Incrível
como a essa altura, 48 horas fazem total diferença na saúde do bichinho… Estou
sofrendo de vê-lo ir embora - já não há mais esperança, eu sei, e preciso
administrar isso. Não é fácil. Vê-lo andar com as patas de trás tremelicando,
como se essas mesmas pernas que agora parecem não reconhecer o chão que pisam
um dia não tivesse saltado alturas inimagináveis - isso dói. Vê-lo abrir a boca
e, no lugar de um miado forte e vigoroso - que muitas vezes já me acordou no
meio da noite pedindo comida (e me levando ao limite da irritação eheh) -,
ouvir um frágil som rouco, fininho e titubeante… isso dói. Pegá-lo no colo e
ver que ele já não consegue sustentar nem sua cabeça - ela, sem forças, cai
automaticamente para trás, incapaz de segurar aqueles olhos que, nessa
distância tão próxima, já me fixaram por tantos anos com uma força inquisidora
- ah, isso dói", começou Zeca, que ressaltou cuidados especiais que são
obrigatórios por causa da idade do animal.
"Limpar
entre os 'dedos' de suas patas com um lenço umedecido os restos dos seus
excrementos, porque ele já está debilitado demais pra se preocupar com a sua
higiene e anda por cima do que ele mesmo acabou de fazer depois de 'ir ao
banheiro' (e olha que estamos falando de um dos animais mais asseados da
natureza!) - isso também dói. Mas o mais doído de tudo é olhar nos seus enormes
olhos - que parecem estar ainda mais dilatados nesses últimos dias - e não
encontrar esperança. Parece que ele sabe o que está acontecendo com isso - sabe
que são seus momentos finais. E sabe que estou me despedindo dele. Ultimamente
temos nos encarado por vários minutos, em silêncio", completou.
"Secretamente,
estou pedindo para ele ficar mais um pouco comigo - pra ele não ir embora tão
depressa (apesar de termos convivido por mais de 17 anos, nunca parece que
existe a hora certa de ir, né?). Mas sei que esse é um pedido egoísta - que ele
está sofrendo, e que é, a essa altura, irreversível. E que talvez ele descanse
melhor se ele simplesmente… for. Meu Gatuno não faz ideia da falta que ele vai
fazer na minha vida - ou talvez saiba, talvez ele queria me dizer que também
sentirá falta de mim quando não estivermos mais juntos", diz o desabafo,
que revela o desejo de manter o gato por aqui o máximo que puder.
"Há
tantas coisas que a gente não fala numa relação de amor - e isso entre humanos,
imagina com os bichos. Mas me reconforta saber que este amor está lá. Ou
melhor, está aqui, no meu colo - dormindo no meu lado, com seu corpo largado
como se nenhum músculo mais tivesse energia para fazer um movimento. São nossas
últimas noites juntos - e eu vou fazer de cada uma delas a mais confortável da
sua vida, meu amigo querido. Você vai embora - mas vai com a certeza de que foi
(e sempre será) muito amado…#GatunoDoZeca", finalizou ele.
fonte: R7
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