O consumo
de canela está associado a vários
efeitos positivos na saúde, como melhora da resistência à
insulina, redução da gordura visceral, diminuição do colesterol e até um
potencial contra hipertensão e Alzheimer. Mas a especiaria pode também levar a
um efeito potencialmente negativo, como descobriu o grupo da pesquisadora Karen
Oliveira, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Estudos
feitos com ratos na instituição mostram que a canela tem o efeito de diminuir a
quantidade de hormônio tireoidiano circulando no sangue de animais saudáveis.
No caso de indivíduos que já têm hipotireoidismo, o consumo de suplemento de
canela agrava ainda mais o quadro, reduzindo o hormônio tireoidiano T3 a níveis
indetectáveis.
“A julgar
pelos dados em animais, talvez para um indivíduo com hipotireoidismo, consumir
canela não seja uma boa coisa”, diz Karen, que apresentou os resultados na 31ª
Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), em
Foz do Iguaçu, nesta terça-feira (30). Além de reduzir os níveis de T3, a
suplementação de canela em ratos com hipotireoidismo ainda promoveu um aumento
do LDL, o colesterol ruim.
A
pesquisadora observa que mesmo o efeito positivo da canela de melhorar a
resistência à insulina já sugere que o produto tem potencial de interferir no
sistema endócrino. “Quando pensamos em interferente endócrino, pensamos logo em
uma coisa sintética, um produto químico, como os agrotóxicos ou o bisfenol,
encontrado no plástico. Mas os próprios alimentos possuem substâncias bioativas
que interferem na fisiologia endócrina.” Ela observa que existe uma ideia
generalizada de que o consumo de produtos naturais nunca será prejudicial à
saúde e que eles podem ser consumidos em qualquer quantidade sem prejuízo, o
que nem sempre é verdade.
A
quantidade de canela consumida pelos ratos nesses experimentos equivaleria a
uma porção de 3 a 4 gramas de canela por dia para humanos, segundo Karen. Ela
enfatiza, porém, que ainda são necessários testes em humanos para verificar se
eles reproduziriam o que foi encontrado no estudo com ratos.
Outro
resultado obtido pelo grupo de Karen é que a exposição à canela no período da
lactação em ratos promove mudanças endócrinas na prole que levam à obesidade no
rato na idade adulta.
“Existe uma
série de benefícios associados à canela, o potencial terapêutico é enorme, mas
é preciso saber quem deve usar, quando usar e em que dose usar”, alerta a
pesquisadora.
fonte: g1.globo.com
Tenho hipotireoidismo é tomo chá com canela e este mês meus exames deram com o meu t3 baixo o t4 está bom também estou com o colesterol Ldl Alto.
ResponderExcluirDepois de ler isso vou evitar a canela para ver se terei outros resultados.