Quantas
vezes você já teve que lidar com o julgamento alheio? Além de enfrentar todas
as dificuldades diárias, também precisamos, às vezes, “engolir sapos” e
carregar o peso da opinião de terceiros sobre o que fazemos ou deixamos de
fazer.
Dizer que isso simplesmente não nos afeta pode, às vezes,
não ser verdade.
Fazer ouvidos surdos a esses comentários, que
ousam julgar nossas ações, nem sempre é fácil. Sobretudo se vêm da
boca de pessoas importantes para nós: nossa família, amigos, professores,
chefes, pessoas que consideramos autoridades e cuja opinião respeitamos.
Um verdadeiro amigo
ou familiar não se atreveria a nos julgar sem conhecer a fundo nossas emoções
ou todos os momentos vividos que carregamos sobre os ombros e em nosso coração.
Empreste seus
sapatos, porque ninguém melhor do que você para conhecer a dor dos caminhos percorridos,
os rios que teve que atravessar, as dificuldades que precisou
enfrentar, às vezes sem pedir ajuda a ninguém… Hoje,
convidamos você a refletir sobre isso.
O caminho que construímos e que
nos definem
Você não é apenas essa pessoa que vê
refletida no espelho. Não é apenas sua forma de vestir, ou as palavras que
profere às outras pessoas.
Você é o seu caminho percorrido durante a
vida, todas as suas experiências vividas e integradas no fundo do seu ser…
Ninguém melhor do que você para saber o que motiva suas ações.
A própria pessoa
apenas sabe o que teve que superar, suas decepções, dores,
derrotas ou vitórias e o preço que pagou por cada uma. Então, por que algumas pessoas
ousam, às vezes, a nos julgar sem saber, como se fossem donas de uma
sabedoria universal?
Dois motivos comuns:
— As pessoas
acostumadas a julgar os outros geralmente são as mais frustradas na vida.
— São pessoas insatisfeitas consigo mesmas que projetam sua necessidade de controle e intervenção nas vidas alheias.
— São pessoas insatisfeitas consigo mesmas que projetam sua necessidade de controle e intervenção nas vidas alheias.
É comum que muitos de nossos familiares
tenham o hábito de nos julgar: “Você é muito ingênua, por isso que essas coisas
acontecem com você”; “Você precisa amadurecer e enfrentar a vida como ela é”.
Julgam-nos com a intenção de nos ajudar e nos oferecer
ensinamentos, mas na realidade nos desejam “encaixar” na maneira como eles
pensam, de acordo com o que acham certo, errado ou mais adequado para nós.
Às vezes, quem julga seu caminho busca justificar a
sua própria vida,desacreditando as outras pessoas. Diminuindo as escolhas dos
outros. Infelizmente, isso é muito frequente.
Crítica construtiva sim,
julgamento, não
Na realidade, quando essas pessoas nos
julgam, não usam argumentos válidos, que sejam construtivos. Quase sempre
buscam o ataque, a afronta ou o desprezo. Seus raciocínios são muito
limitantes.
O que falta a esses “juízes” que adoram
julgar os outros é a autocrítica. Não são capazes de valorar os seus próprios
atos, suas palavras, para perceber que também cometem erros e que são capazes
que causar danos a outras pessoas. Limitam-se a projetar suas críticas
em outras pessoas.
Em geral, pessoas acostumadas a julgar
nosso caminho não têm uma vida autêntica, com sonhos, paixões, amores e afetos que as ajudem a relativizar as coisas e abandonar o hábito de
focar tanto na vida dos outros.
Como se defender dos julgamentos
alheios
Frequentemente, dizemos a nós mesmos: “isso não me
afeta”. Pode ser verdade, sobretudo quando o julgamento vem de um colega
de trabalho ou de alguém com o qual não temos um vínculo mais íntimo.
Esqueceremos com facilidade.
Mas o que acontece quando um amigo, seu
companheiro ou um familiar julga o seu caminho?
Nestes casos, é comum
que nos sintamos ofendidos e até mesmo feridos. A primeira coisa a fazer é
manter a calma e refletir a respeito das seguintes afirmações, que servem para
proteger nossa autoestima:
— “Eu sei quem eu sou, sei o que já superei e tenho orgulho por cada passo do
caminho, por cada aprendizado que obtive a partir de meus erros”.
— “Apenas eu tenho o direito de me julgar,
porque somente eu sei como me sinto e o quanto sou feliz com minha maneira de
ser e com tudo o que consegui até hoje”.
Após haver reafirmado sua autoestima, evite revidar
com comentários hostis, prejudiciais, vingativos. Se demonstrarmos
desprezo ou raiva, será mais difícil superar os sentimentos negativos, e eles farão ainda
mais dano.
Expresse sua decepção. Deixe claro que
ninguém tem o direito de julgar você assim e que o simples fato de fazê-lo
demonstra que não o conhecem bem. Portanto, é como se fosse uma traição, nos
casos mais abusivos, quando a outra pessoa tem o objetivo de controlar,
manipular ou usar você de alguma maneira.
Liberte-se de relacionamentos
opressivos
Quem se atreve a criticar seus caminhos e suas
experiências sem uma intenção pura de realmente desejar o seu bem, prova que
não é um bom companheiro de viagem. E não importa que seja sua mãe, irmão,
irmã, marido ou esposa.
Quem não aceita que,
em alguma ocasião, você cometeu um erro e o julga por isso sente na verdade
muita falta de amor por si mesmo e não se perdoa por seus
próprios erros. Quem se vê como alguém que nunca comete erros ou toma decisões
ruins carece de autocrítica e de empatia.
Se no dia a dia você apenas recebe
julgamentos das pessoas ao redor, no fim, se sentirá escravizado pelas opiniões
alheias. Não permita isso.
Nesses casos, será bom refletir se não vale
mais a pena se distanciar de quem é incapaz ou não quer ver o seu valor, a luz
que você transmite e a inteireza de sua vida.
fonte: melhor com saude
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